quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Pedras são sempre pedras...


Já é tarde, estou lutando contra o sono, afim de me organizar, não somente é tarde o dia, já é tarde a vida que deixei passar, sofro por acreditar na sistematização das coisas, mesmo minha retina ainda com pouco uso, me préocupo demais com a contigência do devir, preciso aprender confiar, descansar e me entregar de fato, ao abraço que tanto me espera e almeja me aliviar.

Deus me ensine que o desconhecido é o que vai fortalecer minha fé, pois o conhecido por mim é tácito no qual eu não preciso ter medo; Deus me perdoe por estar distante da estante onde fica as respostas, das perguntas que eu não faço externamente se achar, no meio do caminho existe MUITAS PEDRAS como já disse o poeta, no contexto que generaliza a raça dos que pensam. Pedras que para mim algumas são grandes dificeis de contornar e outras são tão pequenas que só mesmo quando eu tropeço nelas consigo enxergar, porém são pedras que existem e vão sempre existir até que não se ache mais minério sólido por aqui, o que é improvável.

Refletir me inspira mansidão, ratifica pensamentos que antes não passavam de neurôneos e que agora estão em vitrine, ainda é tarde e o sono foi soberano ao contrario da vida que agora vai começar...



Paulo Artur de Almeida "Meu Brother rsrsr"

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A amplitude da desgraça






O que a ausência da paz pode ser neste mundo em guerra. Guerra de todos os tipos e com variedades, você pode escolher e se quiser pode dizer qual é a sua.

Guerra interna essa é a minha: Dia 01 de setembro de 2009, uma tarde terrível, uma extensão vasta e violenta assombra os moradores da favela Heliópolis em São Paulo.

Uma menina morre. Como? Na tentativa de policias prender bandidos, como reação a essa ação a favela protesta. De que forma? Colocando fogo em carros e atacando policias que tentam acalmar e proteger outros de qual quer dano. Além de tudo estão sujeito a tantas outras fatalidades.

Imagino o desespero de uma mãe de um pai que perde sua filha por incompetência humana, eu e você não pode sentir essa dor, mas posso imaginar e imaginando tenho vontade de chorar, ao ver a desgraça dominando e saber que amanhã pode ser aqui no meu bairro, na frente de casa e ver meu irmão de onze anos baleado no chão.

Imagino o sofrimento de famílias que tem em seus lares crianças que está exposta a esse tipo de cena, cena que pode prejudicar o futuro, pode modificar a expectativa de vida delas.
O que me angustia é muito mais profundo e vai muito além.

Alguns enxergam os efeitos da desgraça eu aprendi a causa.

Essa é só mais uma das muitas que aconteceram e de muitas que ainda vão acontecer.
‘’O mundo jaz do maligno’’, me deixa triste e totalmente sem chão ver a maioria desprezar e ignorar a realidade que vivemos (atual Sodoma e Gomorra)...

Do desespero social para normalidade é assim que reagimos à violência. Hoje como urubus correm atrás de carniça para satisfazer seu desejo, assim também são as emissoras e seus repórteres atrás de desgraça para obter ibope e lucrar.

Vivemos num tempo onde o hoje é tudo e o amanha nos traz medo, pessoas se preocupam somente o agora e desejam ter muito, pois o pouco é pouco e não satisfaz, assim vamos nos tornando a “geração masoquista”.

Hoje a favela foi nomeada como praça de guerra, amanhã a cidade transborda de água depois de chover muito e mais alguma mãe perde seu filho (A), depois que sua casa foi soterrada...
Assim vamos caminhando pra onde diga você a você mesmo. Meu coração pulsa, meus poros expelem e minha voz exclama! VOLTA LOGO JESUS.